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  • Golf 1.0 TSI: quando o menor é melhor
  • Reunindo turbocompressor com injeção direta de combustível, o pequeno motor de três cilindros tem desempenho surpreendente - para quem não sabe, parece ter cilindrada claramente maior
  • Por Jorge Meditsch

    Menor é melhor. Em síntese, é o que manda a filosofia do downsizing, que prega a troca de motores grandes e potentes por opções de menor cilindrada, menor peso e desempenho equivalente. Fiel a essa linha, o Grupo Volkswagen vem investindo pesado (sem ironias) e com sucesso em sua linha de motores TSI, que além dos veículos VW, equipa também os da Audi e outras marcas coligadas.

    A novidade agora, no Brasil, é a oferta do Golf com um motor três-cilindros e um litro de cilindrada. Uma motorização que, na prática, se mostrou eficiente e adequada ao carro que, na Europa, já contava com opção semelhante.

    O 1.0 TSI produzido no Brasil, na fábrica de São Carlos, interior de São Paulo, é o mesmo usado no up! TSI, mas com uma torcida nos parafusos eletrônicos para aumentar a potência disponível para 125 cv. Isso o torna bastante próximo do 1,4 litro também TSI, que tem versões entre 140 e 150 cv nos carros da Volks.

    A injeção direta do combustível dentro da câmara de combustão permite uma dosagem precisa e melhor queima. O resultado é mais economia e melhor desempenho

    Não fosse por não ter a opção de câmbio automático, daria para afirmar que o Golf 1.0 anda – em circunstâncias de uso urbano – quase igual ao seu irmão 1.4. O carro acelera até 100 km/h em razoáveis 9,7 segundos e chega a 194 km/h se estiver usando álcool puro no tanque (o TSI brasileiro é flex). Uma pequena desvantagem em relação ao 1.4 é o consumo um pouco maior, mas ainda assim bem razoável: com gasolina, 11,9 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada. Com álcool, 8,4 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada.

    Bem casado com o câmbio manual de seis marchas, o 1.0 TSI mostra suas qualidades na suavidade do funcionamento – quase não há vibrações sensíveis, apesar de ser um três-cilindros. A tecnologia de injeção é a alma do motorzinho: o combustível é injetado sob alta pressão dentro da câmara de combustão, diferentemente do que ocorre nos motores com injeção convencional, que joga o álcool ou a gasolina no coletor de admissão. A injeção direta não depende dos tempos de abertura das válvulas: injeta a quantidade adequada de combustível em todas as condições de uso. Uma vantagem da injeção direta é dispensar um sistema auxiliar para partida a frio – não há tanquinho nem sistemas para aquecimento do combustível.

    O sistema flex do 1.0 TSI usa um sensor que identifica o combustível posicionado antes da bomba injetora – nos motores flexíveis tradicionais, isso é feito por um sensor colocado no escapamento, que analisa os gases resultantes da queima -, que identifica o combustível que vai ser queimado. Não bastasse ser menor em tamanho, o motor é também mais leve por ter bloco feito de alumínio. Isso economiza cerca de 10 kg de peso em relação a um motor equivalente com bloco de ferro.

    Em resumo, o 1.0 TSI é uma opção muito interessante, principalmente para quem não se importa em usar o pé esquerdo para pisar na embreagem. O modelo, vendido apenas na versão Comfortline, tem preço a partir de R$ 75 mil, menor portanto que a versão aspirada e sem injeção direta 1,6 litro – cujo futuro não deve ter horizontee muito distante.

    Publicado em 25/10/2016


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