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  • A Fiat Toro explora um segmento novo, mas vai além do que se esperava em termos de conceito
  • Por Jorge Meditsch

    A frente é diferente. A traseira é diferente. O tamanho é uma novidade. Tem soluções fora do padrão. O conceito é outro.

    A Fiat Toro chegou surpreendendo. Quando todo mundo esperava uma concorrente da Renault Oroch, ela surge se posicionando como um ponto fora da curva no segmento recém-inaugurado das picapes de porte médio. A FCA (Fiat Chrysler) aproveitou a plataforma do Jeep Renegade para criar um produto com raízes essencialmente brasileiras, apostando na conquista de compradores num leque muito mais abrangente do que os usuais fãs e usuários de picapes, sejam pequenas ou grandes.

    A fabricante até criou uma sigla específica para enquadra-la: SUP, de Sport Utility Pick-up. E deixou de lado o feminino: ao contrário de todas as outras picapes, chama o veículo de o Fiat Toro.

    A proposta foi ousada: criar algo diferente num dos segmentos mais feijão-com-arroz da indústria. E os projetistas da FCA misturaram um pouco de tudo: sofisticação de SUV, dirigibilidade quase de automóvel, capacidade de carga de picape e capacidade off-road de jipe. Ou melhor, Jeep.

    A Toro tem estrutura monobloco e aproveita o trem de força do Renegade, mas é 42 centímetros mais longa, o que permitiu agregar, além da caçamba, uma ampla e confortável cabine, onde os passageiros de trás não passam aperto. Até mesmo na caçamba há inovações: além da traseira com cantos arredondados, ela tem uma tampa bipartida que se abre como portas, lateralmente. Se à primeira vista o compartimento parece um tanto curto, outro exercício de criatividade permite ampliá-lo: o extensor, que alonga a plataforma de carga e, engenhosamente, posiciona lanternas extra para garantir a segurança e até mesmo uma placa extra, para não infringir a lei.

    Versões

    Outra surpresa: a versão de entrada da Toro tem câmbio automático. Pode parecer pretensão, mas o pessoal do marketing da empresa apenas concluiu que, atualmente, a maioria dos compradores de carros na sua faixa inicial de preço, acima dos R$ 70 mil, não abre mão desse conforto. Os marqueteiros também acham que as versões mais vendidas serão as equipadas com motor diesel.

    Nós experimentamos as duas opções de motores, rodando num circuito muito curto, por estradas e ruas de Campinas, no interior de São Paulo. As versões a diesel têm duas opções de câmbio, com seis ou nove marchas – esta apenas na topo de linha, com tração nas quatro rodas. Câmbios com muitas marchas contribuem muito para uma tocada suave, mantendo o motor sempre na rotação ideal. O modelo a diesel ainda padece de uma leve vibração, típica desse tipo de motor, mas que em carros europeus é bem menos perceptível. Não chega a ser um grande incômodo, mas é um ponto que poderia ser melhorado.

    Os projetistas da FCA não se fixaram no modelo tradicional de picape. Fizeram uma mistura ousada de características de vários tipos de veículos, mirando numa faixa de clientes mais ampla que os picapeiros tradicionais. A reação do mercado dirá se acertaram

    Na estrada, a Toro Volcano se mostrou confortável, transmitindo uma segurança ao volante que, ao sair, não prometia, dada a leveza da direção em baixa velocidade. Os 170 cv do turbodiesel, com torque máximo a partir de 1.700 rpm, se refletem em fáceis retomadas. O ajuste da suspensão também é bom e o carro não pula, mesmo descarregado, coisa comum em muitas picapes. O nível de ruído na cabine é baixo, combinando com o acabamento interno. A posição para dirigir é fácil de achar. De incômodo, só um problema meio inexplicável: à luz do dia, a cobertura de acrílico sobre os instrumentos gera reflexos um tanto incômodos, atrapalhando a visibilidade - uma derrapada dos designers.

    Com a versão Freedom, a de entrada, andamos só na cidade. Ela traz uma nova versão do motor 1.8 da Fiat, que ganhou alguns aperfeiçoamentos que, se não aumentaram sua potência significativamente, melhoraram o desempenho em baixa rotação. A principal diferença em relação ao usado no Jeep Renegade é o comando variável nas válvulas de admissão. O motor é flex e – algo inesperado em meio à tanta novidade – ainda traz o velho tanquinho de gasolina auxiliar, coisa já bem fora de moda.

    Sem ser um atleta, o 1.8 trabalha bem, combinado ao câmbio automático, principalmente em solicitações normais, andando sem pressa, mas também sem excesso de vagareza. Se for solicitado a mostrar mais garra, porém, ele precisa subir bastante de giro e o ruído e as vibrações passam a incomodar um pouco.

    Resumindo, as versões são quatro:

    Freedom 1.8 16V Flex AT6 – R$ 76.500

    Freedom 2.0 16V Diesel (com câmbio manual de 6 marchas) 4x2 – R$ 93.900

    Freedom 2.0 16V Diesel (com câmbio manual de 6 marchas) 4x4 – R$ 101.900

    Volcano 2.0 16V Diesel AT9 4x4 – R$ 116.500

    Série especial de lançamento: Opening Edition 1.8 16V Flex AT6 – R$ 84.800

    Paralelamente, a marca oferece mais de 50 opções de acessórios, divididos em cinco categorias: Personalização, Segurança, Áudio&Video, Lazer e Conforto. Outra novidade é o Custom Shop, em que a personalização do veículo é feita ainda na fábrica ― o veículo recebe os acessórios em uma linha de customização e depois retorna aos procedimentos finais de checagem e inspeção antes da entrega do veículo. Com isto, a garantia dos acessórios também é de três anos, a mesma do carro.

    Publicado em 01/03/2016

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