A revista alemã "Auto Bild" publicou reportagem hoje, 24 de setembro, dizendo que o Grupo Volkswagen não seria o único conglomerado automotivo a manipular testes de emissão de poluentes em veículos a diesel por meio de um software ilegal. De acordo com a publicação, o modeloX3 xDrive 20d, da BMW, teria excedido os limites de emissões em mais de 11 vezes durante avaliação realizada pelo ICCT (sigla em inglês para Conselho Internacional de Transporte Limpo).
A BMW, por sua vez, emittiu comunicado negando manipulação no X3 citado ou em outros modelos da marca alemã. A reportagem fez com que as ações da montadora em diversas bolsas de valores pelo mundo caíssem cerca de 5% na manhã desta quinta.
O ICCT é a mesma entidade que flagrou a fraude em automóveis da Volkswagen e outras marcas do grupo, como a Audi. A VW admite que fraudou até 11 milhões de carros em diferentes mercados pelo mundo, inclusive o norte-americano. Devido ao escândalo, Martin Winterkorn, o chefão do grupo automotivo, pediu demissão e outros executivos deverão ser desligados da Volks nos próximos dias.
No escândalo que afeta a Volkswagen, a fraude consiste em um software capaz de identificar se o motor está em condições normais de rodagem ou sendo submetido a uma medição de poluentes. Percebendo que o veículo está passando por um teste, o programa de computador informa números dentro dos limites estabelecidos pela legislação, que na verdade são muito maiores quando o veículo está de fato em movimento.
A Volks estima prejuízo de bilhões de euros com pagamento de multas e custos judiciais por conta da fraude.
Publicado em 24/09/2015