O CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn, divulgou uma nota no domingo, dia 20/9, relativa à denúncia de que a fabricante alemã teria utilizado um software para enganar os testes de emissões americanos em seus modelos movidos a diesel. O problema envolve cerca de 480 mil carros equipados com motores diesel com quatro cilindros, entre eles os modelos Jetta, Golf, Passat, Beetle e Audi A3.
No documento, o executivo se diz “profundamente sentido” pela quebra de confiança junto aos clientes e o público e que a Volkswagen irá cooperar com as investigações da Environmental Protection Agency (Agência de Proteção Ambiental) e do Air Resources Board para esclarecer os fatos.
Winkerkorn declarou, também, que a Volkswagen irá se submeter a uma investigação externa, sem divulgar que entidade ou empresa irá executá-la. “Nós não toleramos nem vamos tolerar violações de qualquer tipo de nossos regulamentos internos ou da lei”, afirmou.
A declaração de Winterkorn dá a entender que a iniciativa de utilizar o software para enganar os testes de emissões pode ter partido de funcionários sem conhecimento dos altos escalões da empresa.
O mercado norte-americano é chave para o projeto da Volkswagen de se tornar a maior fabricante mundial de automóveis até 2018 e uma quebra na confiança dos consumidores americanos pode causar um sério revés nessa expectativa.
Apesar de todos os modelos envolvidos serem vendidos também no Brasil, em nosso país eles não são equipados com motores diesel.
Publicado em 21/09/2015